Os hábitos do dia a dia, o sedentarismo, sobrepeso, a ocupação profissional, tudo isso pode resultar em varizes. Contudo, a principal causa é a predisposição genética.
Conforme dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), o estimado é que 38% dos brasileiros sofrem com varizes. Desses, 45% são mulheres.
As varizes podem piorar no verão, quando o tempo é mais quente. Porém, faz-se necessária total atenção às veias na região das pernas, e isso independe da época do ano em que surgem, pois nem todas são consideradas varizes. Entenda!
O que são varizes e como surgem
Veias superficiais, calibrosas, tortuosas, superficiais e que estufam na pele tendem a indicar um problema de circulação de sangue na região dos membros inferiores.
As varizes são desenvolvidas ao longo dos anos. A pessoa deve ficar atenta aos risquinhos mais escuros na pele. Esses, caso não sejam cuidados, podem se tornar varizes.
“É claro que dependerá além da genética, dos hábitos de vida que a mulher ou o homem leva, se os mesmos fazem atividade física regular, boa dieta, e também tem a questão da profissão”, informa a Dra. Débora Ortigosa, cirurgiã vascular.
No caso de adolescentes, os problemas de dilatação dos vasos nas pernas só se desenvolvem se houver um fator genético muito prevalecente. Nesses casos, o surgimento de varizes é mais comum em meninas.
Vale lembrar que muitas mulheres acabam evitando o salto alto por medo de adquirir varizes. Entretanto, elas não surgem pelo tipo de sapato em si, mas por outros fatores, como foi mencionado.
Opções de tratamento
Hoje em dias há várias opções de tratamento antes de se chegar à cirurgia, que é o último recurso. As varizes podem ser tratadas com aplicações como a glicose, espuma densa de polidocanol e laser transdérmico. “Lembrando que qualquer procedimento dependerá de uma avaliação médica,” complementa a cirurgiã.
Contudo, há casos extremos onde só a cirurgia resolve. Quando isso acontece é porque outras técnicas ficaram limitadas. Houve muito tempo em que a doença permaneceu sem os devidos tratamentos menos invasivos.
As varizes doem... É hora da cirurgia?
A dor é muito variável. Algumas pessoas têm dor e cansaço nas pernas e não necessariamente precisarão da cirurgia. Agora, a inflamação é um sinal específico e quando isso ocorre na veia, pode inclusive ser indicação de uma tromboflebite (trombose superficial), ou seja, já é uma complicação, um caso mais grave.
Mas tudo começa com aquele cansaço nas pernas. Ele vai evoluindo com o passar do dia, piorando nas épocas mais quentes.
Quanto à trombose, ela é outro tipo de doença. Contudo, nos casos mais extremos em que as veias estão muito dilatadas, a pessoa tem a predisposição à trombose superficial.
Varizes podem gerar risco de morte?
Se considerar o momento em que as varizes se complicam, pode ocorrer uma varicorragia. É quando uma veia estoura espontaneamente. Se o sangue não for estancado, a pessoa pode ter uma perda descontrolada ocorrendo, por exemplo, a queda de pressão. Ou seja, as varizes em si não causam a morte de uma pessoa, mas uma complicação pode evoluir para algo mais grave se não for tratada adequadamente.
Prevenção: o melhor caminho
Quando é pensada a prevenção, tem que se colocar em pauta uma vida mais saudável. E isso inclui uma boa alimentação e atividades físicas regulares. É preciso se atentar ao tipo de profissão, se a pessoa permanece sentada ou de pé por um longo período. Mudar a posição, caminhar dentro da sala, do escritório, tudo isso tende a diminuir a pressão sobre as pernas e evita inclusive um tratamento mais agressivo, como a cirurgia convencional, que tem um pós-operatório mais difícil.
“Como envolve cortes, a cirurgia convencional resulta em hematomas e eles doem. Ou seja, faz-se necessário um tempo maior de repouso. Já os métodos atuais disponíveis, como as aplicações, o tempo de repouso diminui. Sendo assim, o retorno às atividades rotineiras é mais rápido, já que o processo em si é muito mais cômodo”, finaliza a Dra. Débora Ortigosa.
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