Varizes são veias dilatadas, tortuosas e insuficientes que tendem a incomodar demais as pessoas por elas acometidas. Quando tais veias inflamam, a situação é ainda pior.
Dados de 2018 da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular apontam que 35,5% da população brasileira sofrem com as temidas varizes.
Mas o que acontece quando elas entram em processo de inflamação? Conheça agora os cuidados essenciais diante desse problema!
Varizes inflamadas
É um termo popular usado para a Flebite ou Tromboflebite, que é uma trombose da veia superficial dessas varizes e que leva a um processo inflamatório causando bastante incômodo.
“A Tromboflebite é visível e a pessoa que tem sente dores. O local fica muito sensível e quente. Para quem observa, nota-se a região bastante avermelhada com inchaço no local e, às vezes, também na perna de forma associada. Mas, em geral, incha no local onde se localizam as varizes”, explica a cirurgiã vascular Dra. Débora Ortigosa.
É possível em pessoas que não tem varizes?
Uma pessoa que não tem varizes pode ter uma Tromboflebite, por exemplo, da feia safena. É um processo muito semelhante a uma trombose venosa e pode estar associado a fatores como tabagismo ou até mesmo câncer.
Agora, em geral, quando se menciona ‘varizes inflamadas’, são essas veias dilatadas e tortuosas que a pessoa já tem há muito tempo e não buscou por tratamento num período hábil, ou seja, o processo se prolongou e acabou por se complicar ainda mais. Portanto, a Tromboflebite é uma complicação das varizes que não são tratadas.
Tromboflebite em jovens
Caso a pessoa mais jovem tenha varizes calibrosas, a complicação pode ocorrer. Se for uma causa genética muito forte, principalmente numa associação com outros fatores de risco de trombose como, por exemplo, cigarro ou anticoncepcional.
“A obesidade também é outro agravante, pois ela própria leva a um processo inflamatório do corpo, ou seja, aumenta esse risco. Sendo assim, a pessoa fica propensa tanto a uma trombose venosa profunda quanto a tromboflebite” , acrescenta a cirurgiã vascular.
O tratamento
No caso das varizes inflamadas, existe um tratamento feito no momento do quadro agudo. Um diagnóstico clínico pode ser o suficiente para detectar o problema. Caso haja alguma dúvida, um ultrassom com doppler é solicitado, já que ele pode confirmar a extensão dessa Flebite.
O tratamento envolve ainda repouso, analgésicos, anti-inflamatórios, podendo-se usar os venotônicos (remédios para varizes), além dos cuidados locais com compressas mornas e gel com heparinóides.
“Nesse momento agudo não tem indicação de cirurgia, somente tratamento clínico. Se a pessoa está com um procedimento cirúrgico agendado, e a mesma percebe um quadro de tromboflebite aguda, a cirurgia é adiada. Espera-se passar o processo inflamatório para depois pensar no procedimento cirúrgico. Por quê? Abordar varizes inflamadas não traz um resultado estético bom, ficando a chance de uma cicatriz mais saliente, com manchas. Sem contar que o pós-operatório é sofrido”, finaliza a cirurgiã vascular Dra. Débora Ortigosa.
A pessoa que tem varizes e chegou ao ponto de desenvolver uma Tromboflebite, o caso vai além de um problema estético. É preciso ter atenção redobrada. Sendo assim, procurar por ajuda e atendimento se torna essencial.
Fonte
Redação | Doutor TV
Redação | Doutor TV