Alimentar-se de forma correta é sempre um grande desafio. O dia a dia corrido, a enorme quantidade de tarefas e até a procrastinação no preparo dos ingredientes, tornam-se empecilhos que desviam a atenção para uma alimentação mais regrada.
A situação tende a se complicar ainda mais quando há no caminho uma intolerância alimentar, já que há a necessidade em respeitar determinadas restrições.
Em uma lista no que se refere a nutrimentos que podem resultar em intolerância alimentar se encontram o glúten, lactose e até alimentos ricos em fodmaps (conjunto de carboidratos que tende a ser de difícil digestão para algumas pessoas).
No que se refere somente a intolerância à lactose, uma das mais comuns, 42% da população mundial sofre com a situação, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde).
Intolerância alimentar não é o mesmo que alergia alimentar
Diferentemente de uma alergia alimentar, um contragolpe do sistema imunológico a uma combinação de proteínas (caracterizada por coceira na pele, uma vermelhidão ou rubor no corpo, dentre outros), a intolerância alimentar é indicada quando o corpo não digere alguma partícula ingerida. Geralmente está relacionada a uma proteína ou falta de enzima que iria trabalhar em todo o processo de digestão.
Os sintomas relacionados à intolerância alimentar são bem peculiares da parte interna do corpo: distensão abdominal, diarreia, fezes mais consistentes (duras), e intestino constipado. “Alguns pacientes ainda têm náuseas, vômito e dor de cabeça”, explicou a nutricionista Daisy Fini, especialista em Nutrição Ortomolecular, Comportamento Alimentar e atuante como Coach Nutricional.
Prejuízos ao paciente na ausência do diagnóstico e tratamento
Quando o paciente tem todos os sintomas da intolerância alimentar, mas não é diagnosticado ou mesmo se isenta em procurar um médico para entender o que ocorre no organismo, a inflamação tende a aumentar gradativamente pela insistência da ingestão de determinado alimento.
“Se o paciente tinha somente uma distensão abdominal, com a ingestão continuada do alimento que não é digerido muito bem, ele pode passar a ter dor de cabeça, náusea, intestino preso ou solto [...] Cada vez mais o quadro tende a se agravar, já que a pessoa insiste em colocar algo para dentro de seu corpo que não lhe faz bem”, exemplificou a Nutricionista.
Diagnóstico e tratamento da intolerância alimentar
Para que haja um tratamento adequado para cada tipo de intolerância alimentar, necessita-se de uma avaliação médica e diagnóstico um preciso, esse segundo realizado através de uma amostra simples do sangue venoso.
De acordo com a Dra. Francine Gimenez Goes, biomédica da equipe Transduson Medicina Diagnóstica Avançada, os testes são feitos por grupos de 59 alimentos, 109 ou 200 alimentos. “Trata-se de exames de sangue e o prazo de entrega dos exames é de seis a dezoito dias”, apontou.
O diagnóstico é quem irá apontar o tipo de intolerância alimentar do paciente. Por exemplo: se há intolerância à lactose, tira-se parcialmente o ingrediente de sua alimentação. Faz-se uma exclusão do alimento por um tempo até seu corpo desinflamar. E só depois é feita uma reintrodução do alimento aos poucos no intuito de analisar como será a aceitação.
“O paciente se sentindo bem e não tendo mais os sintomas agravados, introduz-se a lactase, enzima que facilita a digestão, em alimentos que têm uma quantidade maior de lactose do que ele está acostumado a ingerir após a reintrodução”, finalizou a Nutricionista Daisy Fini.
Fonte
Redação | Doutor TV
Redação | Doutor TV