O dia a dia atribulado tende a tirar a atenção das pessoas para com a própria saúde. São tantos afazeres que as observações e cuidados com o corpo acabam ficando de escanteio.
No caso da mulher, além da agitada vida profissional, muitas vezes precisa cuidar das tarefas domésticas. Sendo assim, confiar no próprio bem-estar se torna automático. E quando nota alguma predição, identifica-a como algo costumeiro. Entretanto, tais acenos podem apontar para uma saúde delicada.
Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a expectativa de vida das mulheres no nosso país é de 79,4 anos. Mesmo com a perspectiva maior que a dos homens (72,5 anos), faz-se necessária uma atenção redobrada quando o assunto é a própria saúde.
Sinais de que há algo errado com o corpo feminino
Apesar da correria do dia a dia, existem formas de se atentar aos cuidados com o próprio corpo. Ou seja, são sinais que tendem a apontar para um problema de saúde.
Quando há um sangramento fora do período menstrual:
A mulher menstruou, porém, após alguns dias volta o ciclo novamente. Pode ser que haja alguma lesão no cólon do útero, um machucado provocado pela relação sexual, e até mesmo algo mais grave como um tumor.
“Assim que a pessoa notar um padrão de sangramento fora do período menstrual, ela deve procurar imediatamente um médico para ser avaliada e, caso necessite, fazer exames complementares”, explica a ginecologista e obstetra Dra. Anne Caroline Andrade.
Mulheres com menos de 35 anos e que estão tentando engravidar há mais de um ano:
A pessoa quer engravidar, parou de tomar os remédios contraceptivos e conhece seu período menstrual. O ideal é que a gravidez ocorra em até 01 ano. Quando isso não acontece, faz-se necessária a busca por ajuda de um especialista. Ele fará uma investigação na mulher e também no parceiro, já que o problema pode estar no homem.
“Muitas mulheres optam por não levar o marido ao médico, já que acreditam que o problema está somente com elas,” segundo a médica.
Menstruação excessiva:
Feridas do cólon do útero também causam menstruação excessiva. Miomas também são bem comuns. Outra causa é o hipertireoidismo. Todos esses fatores podem intensificar o período menstrual. É preciso ficar atenta.
Há também a hemorragia menstrual excessiva, denominada menorragia, que precisa ter a atenção redobrada, pois com a diminuição acentuada de ferro no corpo, pode evoluir para anemia e redução de oxigênio no organismo.
Cólica menstrual muito forte:
Muitas meninas sentem cólicas excessivas logo que passam a menstruar. Se a pessoa tomou uma medicação convencional e não melhorou, faz-se necessária uma investigação mais profunda.
Há crendices de que as cólicas passam quando a mulher tiver filhos. Pura especulação, pois se existe um problema, ele irá continuar até que seja sanado.
Dores durante a relação sexual:
Muitas mulheres acabam por não reclamar quando há dores na relação sexual no intuito de não ter problemas no casamento. Por isso investe em diminuir os atos.
O que a mulher precisa saber é: nem sempre as dores são causadas por feridas. Há outras razões, como a falta de lubrificação. A pessoa não está excitada o suficiente para ter o ato, por exemplo. No climatério (período próximo da menopausa) a vagina da mulher também pode ficar mais ressecada, ou seja, é um processo fisiológico. Há medicações como alguns antidepressivos que podem impedir o processo de lubrificação.
Muitos problemas no corpo feminino podem ser sinais muitas vezes indolores, mas que é preciso ficar alerta. Tem que investigar a causa. Às vezes pode ser um pólipo (verruga no endométrio) que precisa ser retirado, ou miomas que provocam o aumento do sangramento. Nada que foge do padrão é normal.
No caso das adolescentes, quando acontece a primeira menstruação, o ideal é que elas procurem pelo ginecologista para que sejam orientadas sobre o processo do ciclo menstrual.
“Existe uma fase de amadurecimento do eixo da mulher que, após a primeira menstruação, pode demorar de 02 a 03 anos para se findar. Uma irregularidade menstrual nessa fase tende a ser normal, como uma cólica mais intensa ou um sangramento maior. Contudo, a irregularidade não deixa de ser importante para ser analisada,” finaliza a Dra. Anne.
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