Cicatrizes grandes, pós-operatório mais longo e processo mais invasivo? Tudo isso é coisa do passado nas cirurgias abdominais. Hoje, com apenas três furinhos e o uso de robôs é possível ter um abdômen sarado em menos tempo do que em uma abdominoplastia tradicional. Especialista em cirurgia do aparelho digestivo, Dr. Rodrigo Galhego opera com esta inovadora técnica seus pacientes. A maior procura são mulheres que passaram pela gravidez e tiveram as paredes do abdômen afastadas, a já conhecida diástase.
"A diástase facilita o aparecimento de hérnia umbilical e epigástrica, pois enfraquece toda a parede abdominal. Diástases muito pequenas e sem hérnias associadas podem ter alguma melhora com exercícios físicos e fisioterapia direcionada, porém, normalmente, não de forma definitiva. É preciso operar quando o paciente apresenta incontinência urinária, dor lombar, incômodos ou desconforto estético", diz Galhego.
O grande problema do enfraquecimento da parede abdominal é o surgimento de hérnias. Existem diferentes tipos de hérnias abdominais, como a umbilical, inguinal (na virilha), incisional (no local de uma cicatriz anterior) e a epigástrica (pouco acima do umbigo) – e elas geram sintomas semelhantes aos pacientes: dor abdominal, dependendo do tamanho e da localização, dor ao praticar exercícios e desconforto estético com um abaulamento no local da hérnia.
"Exercícios físicos que fortaleçam a musculatura do abdômen podem prevenir o aparecimento de hérnias. Porém, levantar muito peso de forma desorganizada, como em trabalho que exija muito esforço, pode ocasionar ou piorar hérnias", analisa.
As da parede abdominal são doenças progressivas e o único tratamento existente é a cirurgia para correção. Adiar o procedimento pode fazer com que a hérnia aumente de tamanho, aumentando também os sintomas apresentados pelo paciente e a complexidade da cirurgia necessária.
Além disso, existe o risco de ocorrer complicações como o estrangulamento e o encarceramento da hérnia, o que exige cirurgia de emergência. Tratar o quanto antes e realizar essa cirurgia por robótica é mais eficaz e mais seguro, porque proporciona um rápido retorno às atividades normais, com um pós-operatório indolor e sem cicatrizes aparentes, além de reduzir índice de complicações e recidiva.
"O robô também é uma via de acesso minimamente invasiva, porém, aumenta a precisão de movimentos e qualidade da visão (tridimensional), aumentando o índice de sucesso e reduzindo o potencial de complicações", afirma Galhego.
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