O último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que seis em cada dez brasileiros apresentam excesso de peso. Ou seja, cerca de 96 milhões de pessoas estão na faixa de sobrepeso ou de obesidade. Considerada por si só uma doença crônica, a obesidade também agrava outros problemas, como a hipertensão e a diabetes. E, neste contexto, a cirurgia da obesidade ganha destaque entre as opções seguras e eficazes de tratamento.
Também conhecida como bariátrica, a cirurgia reduz o tamanho do estômago do paciente, promovendo a redução da quantidade de alimentos ingerida e auxiliando no processo de emagrecimento. Médico renomado no procedimento, o cirurgião geral Dr. Fábio Strauss explica que, para isso, podem ser escolhidas duas técnicas diferentes.
“A escolha leva em conta as particularidades de cada caso e pode variar entre a técnica bypass, que faz o grampeamento do estômago e um desvio no início do intestino; ou a técnica sleeve, que deixa o estômago na forma de um tubo. As duas promovem a perda de até 70% do peso inicial”, explica.
Além disso, o médico garante que ambas as formas podem ser feitas de forma minimamente invasiva, por videolaparoscopia – de quatro a sete mini incisões de 0,5 a 1,2 centímetros cada uma, por onde passam as cânulas e a câmera de vídeo. Ou seja, sem corte grande na barriga e com uma recuperação muito mais tranquila.
Quem pode fazer a cirurgia
A indicação da cirurgia bariátrica considera a análise de quatro critérios: Índice de Massa Corporal (IMC), idade, doenças associadas e tipos de doenças. Mas, de forma geral, o IMC a partir de 35 kg/m² aumenta as chances cirúrgicas.
“Assim como todo acompanhamento pós-operatório, a decisão que antecede a cirurgia envolve uma equipe multidisciplinar, com profissionais da nutrição, da psicologia, da educação física, entre outros especialistas. Afinal, o sucesso da bariátrica depende de mudanças de hábitos, de alimentação e de comportamentos”, pontua Dr. Fábio Strauss.
Benefícios da bariátrica
Os ganhos de uma cirurgia bariátrica vão muito além da significativa perda de peso. Pacientes com diabetes, por exemplo, apresentam remissão da doença na maior parte dos casos e, de modo geral, colesterol alto e hipertensão arterial são reduzidos após a cirurgia. Além dos resultados percebidos em exames clínicos, o emagrecimento gera um amplo benefício: a qualidade de vida.
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