É comum que muitos pais acabam por negligenciar a importância do que eles vão dar para suas crianças comer, quando começam a andar ou até mesmo ainda no berço. Como resultado, os índices de obesidade nunca foram tão elevados. Estima-se que 15% das crianças e 8% dos adolescentes sofrem de problemas de obesidade. Além disso, 8 em cada 10 adolescentes obesos continuam nesse estado após atingir a fase adulta.
Os primeiros 6 meses
A partir do momento que começa a gestação, não é estranho que a mãe possua dúvidas quanto à alimentação de seu bebê. Durante a gravidez e após o parto, se faz necessário informar-se corretamente sobre quais atitudes alimentares devem ser seguidas.
“De zero a 6 meses, o ideal é apenas o leite materno. Nada de chá, água, não precisa de nada disso. Possuindo cerca de 80% de água no leite materno, a criança não sente sede. O leite também tem todos os nutrientes que a criança precisa”, explica a pediatra Dra. Paula Sellan.
O período que se passa entre o nascimento e o primeiro semestre de vida é crucial para que a criança tenha uma boa imunidade e não tenha problemas no início de seu desenvolvimento. A amamentação exclusiva, ou seja, o leite materno, pode e deve, se possível, ser mantida até os dois anos: “A amamentação pode ser mantida até os dois anos de idade. É ótimo para a criança, como fonte de imunidade e proteínas”, aponta a pediatra.
A introdução alimentar
Bons hábitos alimentares são a chave para um futuro saudável e livre de uma série de doenças. A partir dos 2 anos de idade, inicia-se a introdução alimentar, que quando não feita da maneira correta, é possível tanto levar para a obesidade como para a desnutrição.
Nesse estágio, é importante saber como dar início aos hábitos alimentares da criança. A Dra. Paula Sellan cita maneiras de fazê-lo: “Pode dar uma fruta uma vez por dia, depois duas vezes ao dia. Também é nessa fase que começa a introduzir água, grãos, legumes, ovo, frango, dentre outros alimentos”.
Cuidado com alimentos nocivos
Muitas vezes, é comum crianças serem alimentadas com comidas doces e gordurosas, que são repletas de malefícios. Isso não só pode causar um mal no desenvolvimento físico, como também no desenvolvimento dos hábitos alimentares da criança, que pode passar a querer comer apenas daquilo, trazendo o risco de diversos problemas de saúde.
A Dra. Paula Sellan aconselha: “Antes dos 2 anos, não se deve dar doces, frituras e refrigerantes a criança. Há o risco de predispor a criança a no futuro ter diabetes, pressão alta, colesterol elevado. O período entre zero e 2 anos é muito importante para evitar problemas de saúde no futuro”.
A família deve ser o exemplo
Crianças normalmente tendem a seguir os hábitos dos pais. Tendo isso em vista, é de extrema importância que a mãe e o pai saibam dar o exemplo correto, para que assim o filho pegue os hábitos alimentares que irão ajudá-lo a crescer de maneira saudável.
“A família precisa dar o exemplo correto. Se o pai e a mãe comem frituras, doces e refrigerantes, não dá para a criança querer comer alface e pepino. A família é o exemplo”, finaliza a pediatra Dra. Paula Sellan.
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