A tendência do envelhecimento da população brasileira é real e tem sido pauta para diversos debates. Um exemplo claro dessa disposição para a terceira idade é que, em 2019, o número de pessoas com mais de 60 anos ultrapassou ao de crianças com até 09 anos. Ou seja, cresce a cada ano a porcentagem de pessoas idosas.
Ainda conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) também de 2019, o número de idosos no Brasil alcançou a marca de 32,9 milhões de pessoas.
Muitas dessas pessoas que chegam à terceira idade moram sozinhas, ou mesmo aqueles que residem com a família passam um bom tempo só, já que os entes queridos precisam sair para trabalhar. Contudo, nem sempre o corpo desse idoso corresponde com a habilidade de outrora. O que fazer quando é preciso de ajuda para algumas tarefas diárias?
Acompanhante de idosos
O acompanhante de idosos tem o ofício de atuar em lares em que a pessoa da terceira idade mora ou fica sozinha por determinado período. Esse profissional age no intuito de prevenir ou mesmo auxiliar o assistido, atentando-se à alimentação do mesmo, incentivando-o a ter uma vida social mais ativa e, inclusive, acompanhando essa pessoa numa consulta ou viagem.
“É como se fosse um amigo, aquele que irá tonar a vida do idoso mais suave”, explica Maria Zenaide, cuidadora e empresária.
O acompanhante é o profissional atento a todo o processo de envelhecimento do assistido, antecipando-se para evitar problemas de queda, internações.
Muitas vezes o idoso que reside sozinho acaba escondendo algumas situações da própria família. Ou seja, ele cai e não conta. O ente querido só vai ficar sabendo quando essa queda é mais acentuada, ocasionando uma fratura, por exemplo.
O acompanhante entra exatamente no processo de prevenção, auxílio e incentivo.
Registrando a rotina
Alguns parentes, por se atentarem somente ao geral na rotina do idoso, acabam achando que está tudo bem com o mesmo. Contudo, ao ficar sozinho, esse idoso entra em depressão, não se alimenta direito, ou seja, mergulha numa situação em que é preciso uma assistência.
Tendo um acompanhante por perto, a rotina da pessoa assistida é colocada em um diário para que cada momento seja registrado e analisado, evitando, assim, diversos problemas futuros. Tal ação também é repassada à família.
Quando o idoso reside com a família
É muito importante ter o auxílio de um acompanhante para aquele idoso que também fica sozinho por determinado período diário. Ou seja, é aquela pessoa que mora com a família, mas que, por algum motivo, o parente precisa sair para tarefas profissionais, dentre outras.
“O idoso geralmente gosta de conversar, é bastante repetitivo. O acompanhante tem todo o treinamento para esse suporte de atenção e principalmente inserir novas situações na rotina daquela pessoa, apresentando novos conhecimentos, tecnologias à disposição, mostrando jogos que incentivem a parte cognitiva do idoso, além das atividades motoras”, exemplifica Maria Zenaide.
Por quanto tempo o acompanhante assiste o idoso?
O acompanhante pode acompanhar o idoso num período de seis horas, por exemplo, ou até por um tempo maior a ser acordado.
Essa assistência não precisa ser diária. Cada caso é único e a empresa tem toda estrutura para essa adaptação conforme a necessidade da família.
Processo de escolha do acompanhante
Para a escolha do acompanhante leva-se em consideração todo o histórico de vida do idoso e também o estilo de vida do próprio profissional. Inclusive um ponto crucial é o tempo em que o acompanhante passará ao lado do assistido.
Toda essa estrutura montada se dá para que não haja troca de profissionais, já que o idoso terá o acompanhante como alguém do seu círculo de amizade.
O idoso tem um pouco de dificuldade de adaptação, mas quando se acostuma com aquele profissional sua rotina tende a ser mais leve. É um atendimento humanizado, cria-se um vínculo.
Quando o acompanhante se torna o cuidador
Na maioria das vezes, conforme a dependência aumenta entre os dois lados, o acompanhante passa a ser um cuidador daquele idoso. Desenvolveu-se uma relação de amizade e cumplicidade. O acompanhante já entende as necessidades do assistido.
“Muitas vezes, só de observar o comportamento do idoso, o acompanhante nota que há alguma situação a ser resolvida. Ele conhece tão bem aquela pessoa que se antecipa até mesmo diante dos problemas. É aquele profissional que chega e pergunta se está acontecendo alguma coisa, se o idoso tem sentido alguma dor. O profissional percebe que aquela pessoa está diferente. A convivência proporciona essa relação”, finaliza Maria Zenaide.
Fonte
Redação | Doutor TV
Redação | Doutor TV