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São mais de 151 mil mortes até
a data presente. Ultrapassamos a marca de 05 milhões e 114 mil casos
confirmados. São Paulo é o Estado mais atingido pela pandemia com o maior
número de infectados. O segundo lugar fica para a Bahia, entretanto, o Rio é a
região que está atrás de São Paulo no número de mortes.
Segunda-feira (12), Michael
Ryan (diretor de Emergência da Organização Mundial de Saúde) apontou para a
estabilidade e queda de casos de coronavírus no Brasil, mas alertou que tal
disposição acontece a partir de número alto de infectados.
Tendo uma taxa de mortalidade
de 71,7 por grupo de 100 mil habitantes, tais números são maiores que os
registrados em países vizinhos, como a Argentina com 53,64. Entretanto, está
abaixo da Bolívia (73,18).
Mas, qual é o cenário da
pandemia visto por especialistas médicos, como cardiologistas, pediatras, entre
outros? Acompanhe o que eles disseram!
Rose
Fukue - Psicóloga
Vários aspectos na vida das
pessoas foram afetados, principalmente o psicológico, com o aumento da
ansiedade, depressão, estresse, conflitos conjugais. A pandemia potencializou
problemas que já existiam. Somos obrigados, a partir de agora, a fazer
adaptações constantes. Sendo assim, o estresse faz com que as pessoas não
tolerem mais estar em casa, mas por outro lado elas sabem que ainda não é hora
de sair às ruas.
Alessandra
Gazola - Cardiologista
O número de morte por doenças
cardíacas na pandemia aumentou cerca de 50% segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia
em comparativo a 2019. A população tem medo de procurar o atendimento médico
pelo risco de contaminação. Retardar esse acesso pode custar uma vida. Portanto,
opte pela alimentação saudável, tomada das medicações, caso necessário, e
atividade física regular mesmo que dentro de casa. E procure um cardiologista
quando necessário.
Raquel
Constantino – Endocrinologista
Com a pandemia, as pessoas
ficaram mais sedentárias. Como orientação, aponto para a volta do bom costume
nos hábitos alimentares, criar uma rotina dentro do Home Office, ou se sai de
casa para trabalhar, leve a própria comida. E retome as atividades físicas
gradativamente, procurando sempre a ajuda de um médico, de um nutricionista, de
um personal.
Paula
Sellan - Pediatra
Os reflexos da pandemia na
vida e saúde das crianças são muitos. Em primeiro lugar está o comprometimento
psicológico que a pandemia causou. Elas foram privadas do contato com a família,
amigos, escola. Outro aspecto são as crianças que faziam algum tipo de
tratamento, acompanhamento. Por outro lado, todas foram poupadas da forma grave
da covid-19. Para esse momento, em que conseguimos alcançar um declínio no
número de casos, devemos investir em programas ao ar livre e sem aglomerações.
Claudio
Guimarães – Urologista
Acredito que os profissionais
da saúde terão que se reinventar nas suas profissões. Consultas online, coleta de exames em
domicílio, exames para detecção do coronavírus antes da internação hospitalar
serão rotina. O profissional da saúde vai ter que respeitar o distanciamento
social na hora da consulta, mas tocar no paciente ainda será necessário. Terão
que usar máscaras e luvas ao examinar o paciente. Alguns hospitais exigem coleta do PCR para
detecção do coronavírus a cada 15 dias.
Anne
Caroline – Ginecologista e Obstetra
O medo da contaminação
trouxe impactos na vida das gestantes, que são consideradas grupo de risco para
covid-19, assim como para outras infecções.
Por ser uma doença ainda nova o bom senso acaba sendo o fator principal
no manejo dessas pacientes. O seguimento pré-natal é fundamental mesmo em
tempos de pandemia. O que se pode fazer em paciente de baixo risco é realizar
um espaçamento maior entre as consulta, mas sempre visando realizar o número
mínimo de 06 consultas, preconizado pela OMS e pelo Ministério da Saúde.
Danielle
Miyamoto – Mastologista
Durante a pandemia houve uma
diminuição significativa da procura dos atendimentos para exames considerados
de 'rotina'. Alguns tipos de câncer de mama estão sendo diagnosticados agora
porque ficaram maiores e as mulheres perceberam alguma alteração palpável na
mama. Ainda assim o câncer de mama é tratável, mas o tamanho do tumor é maior. A recomendação é que as mulheres procurem
atendimento caso sintam algo diferente em sua mama.
Norton
Sayeg – Geriatra
Com o avanço da medicina
muitos pacientes conseguiram superar a covid-19. Porém o que temos notado
frequentemente, é que pessoas muito idosas, acima de 70 anos de idade, estão
saindo dos hospitais muitos debilitadas. A vitória é a reabilitação total das
pessoas. Portanto, não deixe de consultar seu médico. Após a recuperação do
vírus, é importantíssimo que se tenha cuidados adicionais para que outros
sintomas não se agravem e não retornem.
Alessandro
Schuffner - Reprodução Assistida
A recomendação é adiar a
gravidez, tratamento para engravidar, desde que não seja tempo sensível (baixa
reserva ovariana, ou a quando a paciente não aguenta mais a espera). Tudo isso
tem que ser levado em consideração para efetuar um tratamento. Contudo, é um
vírus novo, tem um ano. Em medicina um ano não é nada.
Vanessa
Moreira – Biomédica
O que eu observo dentro da minha
especialidade são os danos causados diretamente nas células, devido à
dificuldade de adaptação. Portanto, cuide da sua saúde
intestinal, respire, descanse
e exercite-se!
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